O primeiro surto ocorreu em 1990, no município de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, onde 16 pessoas perderam a vida e outras 20 precisaram de internação após consumir aguardente contaminada. As vítimas apresentaram sintomas graves, e diversos sobreviventes ficaram com sequelas permanentes, como perda de visão e audição. A tragédia mobilizou autoridades e revelou a gravidade do uso de substâncias químicas ilegais na produção de bebidas.
Nove anos depois, em 1999, um novo episódio agravou ainda mais o histórico do estado com o metanol. Naquela ocasião, 35 pessoas morreram, entre elas uma gestante de cinco meses. Investigações levaram à descoberta de uma destilaria clandestina em Iguaí, no sudoeste baiano, onde cachaça era produzida em tonéis reciclados que haviam armazenado metanol, intensificando a contaminação da bebida.
O uso do metanol, altamente tóxico e impróprio para consumo humano, se mostrou fatal nesses episódios. Ao contrário do etanol, ele não é processado pelo corpo e pode provocar danos neurológicos, cegueira e morte. As ocorrências da década de 1990 deixaram marcas profundas e servem como alerta permanente sobre os riscos da falsificação de bebidas alcoólicas.
Do Metro1



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