Empresa de rodovias rebateu o ministro Tarcísio Freitas, que disse que a concessionária faz "deboche" com a população baiana

Rayllanna Lima

Foto: Divulgação/ViaBahia
Foto: Divulgação/ViaBahia


Após o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, sinalizar intervenção na ViaBahia e acusar a concessionária de fazer “deboche com a população baiana”, a empresa rebateu as críticas e disse ao bahia.ba que “não entra, nem nunca entrará em questões e visões políticas nas suas posições e na análise dos fatos”.

Segundo detalhou a concessionária, foram realizadas 93% das obras obrigatórias previstas em contrato com o governo federal desde o início da concessão. Informou ainda que, em 2020, investiu R$ 100 milhões em recuperação, manutenção e conservação das rodovias BR-116 e BR-324.

“O valor de investimento poderia ser seis vezes maior e 100% das obras teriam sido realizadas caso as duas revisões quinquenais (de 2014 e 2019) tivessem sido feitas pela ANTT, conforme prevê o contrato de concessão da ViaBahia. A cláusula determina que haja a revisão ampla a cada cinco anos, considerando impactos decorrentes do cenário econômico e, também, a necessidade de novas obras solicitadas por comunidades”, explicou a empresa.

Segundo a concessionária, todos os documentos que comprovam as informações citadas foram apresentados “em diversas oportunidades ao Poder Público”, bem como ao governo federal, por meio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), “e ao tribunal arbitral, que decidirá os próximos passos da concessão”.

A empresa informou ainda que “o imbróglio, que culminou em diversas ações judiciais e a instauração de um tribunal arbitral, emperrou investimentos que podem chegar a R$ 7 bilhões, e tem se intensificado com a recusa do órgão regulador em cumprir o contrato”.

Intervenção – Na última terça-feira (22), após diversas críticas à ViaBahia, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, revelou que a pasta já iniciou o processo de caducidade para intervir na concessão.

“Pode ser o primeiro caso de intervenção federal numa concessão, para a gente assumir o contrato da concessão e varrer do mapa aquela concessionária lá de dentro. É um deboche o que a Via Bahia faz com a população baiana”, relatou em audiência na Câmara dos Deputados.

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