APLB afirma que prefeitura age com "incoerência" ao autorizar retorno de atividades presenciais mesmo com previsão de 3ª onda da pandemia

A APLB (sindicato que representa os professores na Bahia) voltou a reiterar que os profissionais da educação na capital só aceitarão retornar às salas de aula quando receberem a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Até o momento, parte da categoria foi contemplada apenas com a primeira dose do imunizante. Segundo a entidade, a prefeitura age com incoerência ao autorizar a retomada das atividades presenciais diante de um cenário de agravamento da pandemia, com a possibilidade de uma terceira onda de contaminações.
Segundo indicadores mais recentes, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na capital alcançou o patamar de 83% — índice 10% superior ao aferido à época da flexibilização das medidas restritivas, em 5 de abril.
“O números de casos só faz subir nos últimos dias. A 3ª onda de coronavírus é uma realidade. O próprio prefeito de Salvador já destacou preocupação com a elevação da ocupação dos leitos de UTI. Insistir no retorno das aulas presenciais é uma incoerência que não vamos admitir”, diz a APLB em texto publicado em suas redes sociais.
Na última segunda-feira (17), o próprio prefeito Bruno Reis (DEM) alertou em uma entrevista coletiva que os indicadores apontam para um novo aumento de casos do coronavírus, o que inclui pressão nos gripários da cidade.
Apesar da preocupação externada, o chefe do Executivo soteropolitano ampliou a flexibilização de restrições, passando a liberar o funcionamento de cinemas, clubes sociais e espaços de convenções. O funcionamento de bares, restaurantes, shoppings, comércio de rua, dentre outras atividades, já estava permitido há algumas semanas.
Na noite desta terça (18), a gestão municipal, contudo, divulgou um comunicado no qual diz avaliar o endurecimento de medidas para conter a disseminação do Sars-CoV 2.
A nota relembra que o atual decreto que permitiu o afrouxamento da quarentena entrou em vigor quando a cidade registrava 73% de ocupação de leitos de UTI.


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