Coordenador do maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no país, Pedro Hallal estima que 30 mil internações em UTIs poderiam não ter ocorrido
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| Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real/ Fotos Públicas |
O Brasil teria evitado pelo menos 5.000 mortes nos últimos meses caso o governo Jair Bolsonaro tivesse aceitado a oferta de vacinas da Pfizer em agosto do ano passado. O cálculo foi feito a pedido do jornal Folha de S. Paulo pelo epidemiologista Pedro Hallal, professor da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil.
Segundo a publicação, ele tomou como base as informações prestadas pelo gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, à CPI da Covid nesta quinta-feira (13).
Segundo o representante do laboratório, a Pfizer fez oferta ao Brasil no meio do ano passado que previa o envio de 70 milhões de doses, das quais 4,5 milhões seriam entregues ao país de dezembro a março —1,5 milhão em 2020 e 3 milhões no primeiro trimestre de 2021.
De acordo com a reportagem, o cálculo estima que 14 mil óbitos poderiam ter deixado de ocorrer considerando uma margem de erro que varia de 5.000 a 25 mil óbitos, chamado intervalo de confiança, caso essas doses tivessem sido adquiridas.
Além disso, diz a Folha, 30 mil internações em UTIs (unidades de tratamento intensivo) poderiam ter deixado de acontecer, com uma margem de erro que varia entre 23 mil e 37 mil hospitalizações.
“Para entender o intervalo de confiança, basta pensar numa pesquisa eleitoral e na sua margem de erro, não se trata de cenários distintos que levam em conta dados diferentes”, explicou Hallal ao jornal.
Bahia.ba



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