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Foto: Reprodução |
Há onze anos a gestora escolar Elma Araújo fez uma cirurgia para retirada de pedras dos rins. Agora ela percebeu o mal voltar quando começou a sentir muita dor, a diminuição da urina – apesar de beber muita água – e os pés inchados. Procurou o médico e o diagnóstico do cálculo renal foi confirmado.
“Eu sinto muita dor, uma dor muito forte, que nem com injeção passa. Quem passa por isso pela primeira vez acha que é uma dor de coluna, porque é nas costas, na cintura, abaixo das costelas, só que é dos rins”, exemplifica Elma.
Elma faz parte de uma estatística dura. E que preocupa com a chegada do verão na última quarta-feira, dia 21. É durante os meses mais quentes do ano que ocorre a maior incidência de cálculo renal, doença popularmente conhecida como pedras nos rins, na população brasileira.Um levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira deUrologia aponta que os casos chegam a aumentar em 30% com relação aos outros períodos do ano. Isso se dá por conta do aumento da transpiração sem a devida hidratação para suprir a perda liquida.
Mas os médicos alertam que nem todo líquido é adequado para a hidratação do corpo, como por exemplo: o café, chás, bebidas alcóolicas e refrigerantes, especialmente os à base de cola, que se consumido com muita frequência podem levar à formação de pedras. O bom mesmo são de 2 a 3 litros de água por dia, evitar o sedentarismo e a obesidade. Três atitudes que levam os homens a serem os principais pacientes desta doença.
“Temos no público masculinoumaprevalência inicialmente porque as mulheres buscam mais o atendimento médico e realizam exames de check-up com maior frequência; além disso, em grande parte, preocupam-se mais com a alimentação e o excesso de peso, fatores predisponentes para o mal”, explica o médico urologista Rodrigo Brasileiro.
De modo geral, as estáticas médicas apontam que o cálculo renal atinge, em média, 15% da população, sendo aproximadamente duas vezes mais comum em homens do que em mulheres, principalmente entre os 20 e 40 anos. O médico Felipe Duborcq explica que a visita frequente a um urologista é útil para se identificar os sintomas de uma pedra nos rins, que incluem: dificuldade em urinar e urina turva ou com sangue, vontade de vomitar, além de dores muito fortes no lado, costas, virilha, ou na parte inferior da barriga.
“O médico solicitará exames de sangue e urina, bem como de imagem para ter a certeza de que o problema é uma pedra nos rins. O especialista poderá prescrever medicamentos ou indicar cirurgia, que pode ser necessária se a pedra ficar presa ao longo do percurso, entre o rim e a bexiga”, comentou o médico urologista Felipe Duborcq.
Convivendo com a dor, Elma agora aguarda a data marcada para uma nova cirurgia de retirada dos cálculos renais. Está com todos os exames prontos, mas não conseguiu ainda marcar a procedimento pelo SUS.
Do Diário de Pernambuco
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